terça-feira, 27 de novembro de 2007




Poesia.Tentei descer do Trem Cleide Regina

Tentei descer do trem antigo e majestoso.
Mas suas paisagens eram mágicas.
Mesmo que eu negue.
Ainda estou entregue.
Às viagens limpas do meu ser criativo.
Ainda que eu negue, você fez meu ser sentir mais vivo.
Tentei não me perder nas imagens.
Tentei não me entregar.
Mas isto é bobagem.
Novamente estou a amar.



Que mulher nunca teve
Um soutien meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio veado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca acordou
Com um desconhecido ao lado,
Com o cabelo desgrenhado
Ou com o travesseiro babado?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?

(Poema de Felipe Ribeiro)


Prosseguindo.
POESIA DE CLEIDE REGINA

Não penso desastres, apenas ruínas me ameaçam...
Não faço comédias, apenas rio de mim.
Mesmo com as paixões que frascassam.
Mesmo com as mensagens dúbias de teu ser enfim...
Sinto-me feliz por participar da vida.
Não como folha em branco, mas folha com poesia.
Não como a mais doce melodia...
Mas melhor é não ensurdecer, para os sons mais doídos.
Vou humilde ao encontro das minhas palavras sonhadas...
Realizar sonhos, com maestria, sem a pressa de um afoito.
Mesmo que os sonhos acabem dando em nada...
Mesmo que eu queira sentimento e ele apenas o coito...
Ou talvez nunca queira nada, apenas uma sonhada.
Motiva o viver, para novas alvoradas!