segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Silêncio.

Silêncio, escute a voz da canção dos ventos.
Ele diz: a natuteza está morrendo.
Escute o chorar do espiríto das matas.
A lamentar devastações de pessoas ingratas
Veja as lágrimas escuras dos rios a derramar o mau cheiro.
O desarranjar do clima e do tempo.
Quanta gente morrendo nas enchentes.

Silêncio, tente ouvir.
O que canta a lamentação dos ventos.
A implorar pela limpeza do ar.
Mas os piores surdos não querem escutar
Da natureza o querer.
E os piores cegos não querem ver.

Recicla não reclame.
Ouça a voz das aguas a rolar.
Ou deixe a Terra ou a ame.
Porque se deixar, você também vai morrer.
De nada adianta protestar.
Esperando seu vizinho realizar o que você não quer fazer.
Mas parece que todos nós deixamos para trás.
Tudo quanto é tão urgente.
Ouvir a voz da natureza e da paz.
Que preserva a vida da gente.

http://youtube.com/watch?v=KKJUSaeGc74
Volte para sua trigueira.

Volte para sua trigueira.
Balança mar em mim
Balança o coração assim
Amor e dor não rimam mais enfim.
Só pode ser
A rima de prazer.
Até se doer ...
Dói gostoso este sofrer.


Balança uma palmeira

Balança a roupa da trigueira.

Estendidas nas paineiras.
Balança a saudade.

Ainda balança a vontade.

Ainda tem coração.

Paçoca de um pilão.

Café torrado na hora.

Amor selvagem na aurora.


E ainda tem
O balanço do trem.
Que se vai bem além.

Levar o meu bem.

Pra bem longe de mim.
Fazendo dor assim.
Das saudades gostosa.

Ainda tem um feijão.

Esperando pelo meu bem querer.



Ainda tem um coração.

Que balança sem querer.

Ainda tem a paixão.

Que balança todo este ser.

Volte trem que ainda tem
Uma trigueira desejando você.

E volta amigo amante.
Desiste deste mundo errante.

Não és mais principiante.

Ainda tem fogueira.

Ainda tem festança.

Meu olhar de criança.
..
A esperar teu corpo que no meu balança.

Ontem ao luar


http://www.youtube.com/watch?v=ziPZ6Tsn9FU

Morena Trigueira


Homem que se vai.
Abraço que ficou aqui.
Numa tarde colorida, cai
Cor de açaí.
Com Jabá.
Cor de arara azul.
A cantar...

Mulher que fica.
Trigueira serteneja
A brindar a vida
Mesmo sendo uma peleja
Não chora mais a partida.
Só lamenta que seu abrir.
De boca, de pernas, de coração.
foi o verbo, prazer e sentimento a fluir.
Para seu bem querer.
Mas ele só prazer.

Filho que nasce sem pai.
Tarde que cai vermelha de sangue
Com a sombra e uma palmeira.
parindo em baixo de um mangue
Que uiva no vento a dor da trigueira
fértil terra de sementeira.
Tem alma, tem corpo, verbo coração a trigueira.
Mas é somente chamada de mãe solteira.