sábado, 8 de setembro de 2007

Sobre Política muitos arriscam, poucos se aprofundam.

Porque eu votei no Presidente Lula? meu voto foi resultado de muito pensar ao longo dos séculos querem ver meu pensar?
Se for enxergar somente o que a imprensa mostra a respeito da política...não se votaria no Lula.
Derrubar o PSDB foi questão de ver que os objetivos principais deles eram e são vender as Estatais e lucrar e embolsar milhões por fora, agora eles no estado de São Paulo fazem uma política de trabalho para conseguir a presidência de volta.
Quando queriam fazer CPI da Vale do rio doce o Presidente Fernando Henrique não autorizou a mesma.POR QUE SERÁ?????

E AINDA No governo Itamar Franco nosso Adorável Fernando Henrique ainda Ministro da Fazenda, pediu uma grande quantia em dinheiro lá fora alegando que era pra aplicar na educação(O que não ocorreu) e depois lançou a malfadada

"progressão Continuada" que é aquela política educacional onde o aluno de escola publica não repete de ano de jeito nenhum e vai parar no ensino médio não sabendo ler nem escrever...estou mentindo? pois é, a política do FHC fez isto e ninguém fala porra nenhuma do cara, só porque o professor arrogante de Sociologia que nada faz pelo social estudou muito, qual é o Curso Superior que ensina a governar?

Tanto um quanto o outro (Lula e FHC) são adeptos a política Neo- Liberal e porque o Neoliberalismo de um é de um jeito e de outro é de outro Jeito?
votei pra derrubar PSDB mas acho um pé no saco de qualquer humano esta malfadada política de dar esmolas ao pobres...lamentável os programs sociais de Lula também criam um comodismo sem inteligência nem nada para pobres. AO POBRE NÃO SE DÁ DINHEIRO E SIM EMPREGO MAS AINDA PREFIRO ESTE DESASTRE DO QUE AS PRIVATIZAÇÕES.

Vamos voltar no passado?

No século XVI até meados do século XIX....as Elites da Europa Ocidental entraram numa fase de desenvolvimento tecnológico, nesta fase a Europa ocidental dominou os armamentos, os transportes, e todo "know- how" científico.
Já por volta de 1870 ocorreu a revolução científico-tecnológica onde descobriu-se a eletricidade,usinas hidro e termos eletricas, uso de derivado de petróleo, também vieram caminhÕes, carros diversos, avião, rádio, gramofone, fotografia e cinema.
depois com a revolução microeletrônica... o mundo se rendeu a quem mais tinha poder de tecnologia....
Mas não podemos perder o senso crítico temos que enxergar o rumo que as coisas tomam.

O problema de hoje é que toda sociedade está muda.A tecnologia vem por meios de comunicação manipular toda a sociedade...mas nunca ninguém questiona de fato com olhos próprios deixando a mídia de lado, o que está por trás de tudo.

As mudanças tecnológicas são encabeçadas em países ricos e os países pobre (como o Brasil) são arrastados por esta mudança a custo de muito prejuízo.(como exploração predatória de recursos naturais, desigualdades e injustiças)

O que mudou no século XX?
aceleração da tecnologia ocorreu de forma contínua e estas transformações ocorreram principalmente separadas por duas fases entre a Guerra Mundial.Após a Guerra a Economia Americana cresceu muito e nos anos 70 acentuou-se.

E começou a nascer a ideia de GLOBALIZAÇÃO

O QUE É ISTO EM TERMOS PRÁTICOS?

É UMA ALTERAÇÃO DRÁSTICA,QUE OCORRE NA ECONOMIA MUNDIAL.AS GRANDES CORPORAÇÕES MULTIPLICAM SUAS FILIAIS NOS MAIS DIVERSOS PONTOS DO PLANETA.IMPONDO AOS GOVERNOS INTERESSADOS EM RECEBER SEUS INVESTIMENTOS UMA SÉRIE DE EXIGÊNCIAS: EXIGEM ISENÇÃO DE IMPOSTOS, FAVORES ESPECIAIS E GARANTIAS. (ESTA RAZÃO ESTÁ CLARA AQUI NO BRASIL DE COMPANHIAS AÉREAS BRASILEIRAS FALIREM E AS INTERNACIONAIS ESTÃO DE VENTO EM POLPA PORQUE PAGAM BEM MENOS IMPOSTOS) .DAÍ VEM TAMBÉM A CRISE AÉREA QUE COMEÇOU LÁ TRÁS NO FHC COM O NEO LIBERAIS DELE E HJ O NEOLIBERALISMO DE LULA TAMBÉM EMPURRA COM A BARRIGA.
COM FAVORECIMENTO A EMPRESAS INTERNACIONAIS DENTRO DE NOSSO PAÍS...OS PAÍSES POBRES COMO NÓS, FICAM REFÉNS DE CONGLOMERADOS MULTINACIONAIS.ESTA FACILIDADE TODA VEIO COM A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS COMPUTADORES.

A FALÊNCIA DO ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL.


A OS ANOS 70 SÉCULO XX OS ESTADOS CONTROLAVAM A ECONOMIA. E ÀS GRANDES CORPORAÇÕES ECONÓMICAS IMPUNHA O ESTADO UM SISTEMA DE TAXAÇÃO.QUE SIGNIFICAVA TRANSFERIR PARTES DOS LUCROS PARA OS SETORES MAIS CARENTES DA SOCIEDADE.ERA ASSIM ORGANIZADO UMA REDISTRIBUÍÇÃO DE RECURSOS NA FORMAÇÃO DE SERVIÇOS DA SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, INFRA -ESTRUTURA, SEGURO -SOCIAL, LAZER E CULTURA.ISTO CHAMAVA-SE ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL. NISTO AS ORGANIZAÇÕES OPERÁRIAS , OS SINDICATOS, AS ASSOCIAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL ATUAVAM DE DUAS FORMAS:
1-PRESSIONAVAM GRANDES EMPRESAS PARA RECONHECEREM SEUS DIREITOS.
2PRESSIONAVAM O ESTADO PARA EXERCER O SEU PAPEL DE PROTEÇÃO SOCIAL, O AMPARO ÁS POPULAÇÕES CARENTES, REDISTRIBUIÇÃO DE OPORTUNIDADES E RECURSOS.

NO ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL, A SOCIEDADE E O ESTADO SE TORNAVAM ALIADOS NO CONTROLE DAS CORPORAÇÕES E NUMA PARTILHA DE BENEFÍCIOS DA PROSPERIDADE INDUSTRIAL.ESTA POLÍTICA ONDE NÃO FALTAVA EMPREGO, EDUCAÇÃO E SAÚDE FALIU COM A GLOBALIZAÇÃO. POR QUE?????
PORQUE AS EMPRESAS INTERNACIONAIS QUE AQUI ADENTRARAM EXIGIRAM ISENÇÃO DE IMPOSTOS E FAZEM O QUE QUEREM E QUANTO MAIS VENDER AS ESTATAIS COMO A VALE DO RIO DOCE POR EXEMPLO, MAIS VAI OCORRER A DESTRUIÇÃO DA NOSSA AUTONOMIA, SOU A FAVOR DE ESTIMULAR A PRODUTIVIDADE DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO E NÃO VENDER A S EMPRESAS DESTA FORMA!

HOJE A SOCIEDADE E O ESTADO ESTÁ REFÉM DAS PODEROSAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS QUE SE INFILTRAM AQUI E FAZEM UM RODÍZIO DE FUNCIONÁRIOS NÃO DANDO ESTABILIDADE NEM EMPREGO GARANTIDO À NINGUÉM.

ANTES OS SINDICATOS PRESSIONAVAM AS EMPRESAS PARA FAZER VALER OS DIREITOS DOS FUNCIONÁRIOS, HOJE OS MESMOS PERDERAM O PODER DE PRESSÃO PORQUE OS SINDICATOS NÃO POSSUEM NENHUM PODER SOBRE EMPRESAS DE FORA QUE AMEAÇAM SAIR DO PAÍS E ARRASAR COM TUDO SE ELES OUSAREM A FAZER ALGUMA PRESSÃO!



OS IMPOSTOS COBRADOS DESTAS EMPRESAS CAEM DE VALOR.

OS SALÁRIOS SÃO DRASTICAMENTE REDUZIDOS.

O ESTADO ATUA A FAVOR DAS EMPRESAS AI DELE SE NÃO O FIZER...

AUMENTANDO O NÚMERO DE MISERÁVEIS E POBRE, DIMINUINDO A PREVIDÊNCIA, APOSENTADORIA,OUTROS BENEFÍCIOS SOCIAL.


E O NEOLIBERALISMO SURGE DE MANEIRA ONDE AS EMPRESAS AGEMCOM TODA A LIBERDADE SEM INTERVENÇÃO DO ESTADO.



VALORES NEO LIBERIAS:


Para o neoliberalismo a "ganância é um bem".
a união estados unidos/Inglaterra representa a super valorização da cultura anglo-saxônica que crê piamente ser superior aos povos pobres e acha que seu poder vem de Deus para dominar e "civilizar" povos provenientes de países subdesenvolvidos e impõe sua língua como universal assim bem como seus valores.quando o muro de Berlim caiu estava decretado a ruptura da história sendo assim, século XX foi balizado pela cultura
anglo
-saxônica de século americano e seus pais foram Ronald Reagan e Margareth Tatcher.que afirmava não haver sociedade e sim indivíduos (ela enxergou isto) porque a sociedade nunca se move pra nada e nunca se une, se não for pela influência e apoio da imprensa.(manipuladora)

O socialismo caiu e o poder americano aumentou, abalaram-se os sindicatos, cresceu o desemprego tornando-se cada vez mais livre de fluxos dos capitais.
As massas salariais baixaram aumentaram as privatizações das quais sou contra.
Com isto o Estado perdeu a força e a "sociedade" então...nem se fala.

Ainda que Lula tenha mudado o discurso uma coisa do neoliberalismos dele que FHC é diferente: o Lula é contra as privatizações e por razões lógicas que mostrei aqui votei no lula sim! E NÃO É POR CAUSA DE LULA QUE ESTAMOS NESTA SITUAÇÃO.
Duas vezes e não me arrependo.quem quiser me criticar que mostre por estudo políticos suas razões. querem mais?????????

Pontos negativos do neoliberalismo ao meu ver, COM AS PRIVATIZAÇÕES, quem discordar que me prove o contrário:

1)RÁPIDA CONCENTRAÇÃO DE RENDA.
2) DESEMPREGO EM MASSA.
3)DIFUSÃO DA MISÉRIA
4)AUMENTO DO TRÁFICO DE DROGAS.
5)AUMENTO DE VIOLÊNCIA.

TUDO QUE EU FALEI ACIMA É ESCONDIDO COMO ARGUMENTO DE QUE OS POBRES SÃO RESPONSÁVEIS POR SI MESMO, POR FALTA DE INICIATIVA, INCAPACIDADE DE PRODUZIR, INCAPACIDADE DE SE ADAPTAR A VIDA MODERNA, ELES ALEGAM QUE NÃO HÁ MAIS EMPREGO PELO REGIME CLT,QUE ISTO É COISA DO PASSADO, ALEGAM QUE POBRE NÃO QUER ESTUDAR NEM TRABALHAR, QUE POBRE É PREGUIÇOSO E VAGABUNDO!!!!
(COMO JÁ AFIRMOU FHC LÁ FORA A RESPEITO DO APOSENTADO)

QUEM LANÇOU A PROGRESSÃO CONTINUADA? O PRESIDENTE SEMI-ANALFABETO OU PRESIDENTE FORMADO?

QUEM VENDEU AS EMPRESAS? TIRANDO A CONQUISTAS DOS POBRES CONCURSADOS SEU EMPREGO?
O PRESIDENTE SEMI-ANALFABETO OU PRESIDENTE FORMADO?

QUEM GANHOU HORRRORES EM DÓLARES PELA VENDA DA VALE DO RIO DOCE ENTRE OUTRAS?
O PRESIDENTE SEMI-ANALFABETO OU PRESIDENTE FORMADO?

VIVO DE TRABALHO E NÃO DE EMPREGO, SÓ EU SEI O SUFOCO QUE É PARA CONSEGUIR GANHAR MÍSEROS DOIS MIL REAIS PRA PAGAR AS CONTAS DO LAR...O NEO LIBERALISMO PROPÕE QUE TODOS VIVAM DE TRABALHO E NÃO DE EMPREGO MAS NÃO É TODO MUNDO QUE POSSUI O TALENTO DE VENDER QUE EU POSSUO!

A GLOBALIZAÇÃO SÓ BENEFICIA OS RICOS.
E A POLITICA NEO LIBERAL ABRE UM GRANDE ESPAÇO PRA ARRUINAR OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS TORNANDO-OS MAIS ESCRAVOS DO TIO SAM!







A procura da felicidade
: uma fábula neoliberal


Filme com o ator americano Will Smith reforça e atualiza os mitos liberais do homem-que-se-faz-sozinho e da igualdade de oportunidades através de uma “história real”













Reprodução



Detalhe do cartaz de divulgação

• Não é necessário muito tempo de exibição para perceber que À procura da felicidade é mais um típico e previsível filme sobre alguém que, graças à sua determinação, trabalho duro e honestidade, consegue ascender socialmente.

Passado na cidade de São Francisco, Califórnia, no início dos anos 1980, o filme do diretor italiano Gabriele Muccino (de O último beijo) conta-nos a história de Chris Gardner (Will Smith), um vendedor de equipamentos médicos, pai de um garoto de cinco anos (interpretado pelo filho de Smith) que, ao descobrir que um corretor da Bolsa de Valores faturava US$ 80 mil por mês e tinha condições de comprar uma Ferrari, resolveu entrar no negócio de ações.

Postando-se diariamente em frente ao prédio de uma corretora de ações na expectativa de conseguir um emprego, Gardner, graças à sua inteligência insistentemente demonstrada, consegue vaga num concorridíssimo estágio não-remunerado de seis meses. O estágio consiste em conseguir contas para a corretora de ações. Do programa, participam 20 pessoas, das quais somente uma será efetivada. Apesar de sua situação financeira bastante delicada, aceita integrar-se ao programa na expectativa de, ao final, conseguir um emprego e um futuro mais promissor.

Uma mulher fraca?
Gardner apostou todas as suas economias na compra de equipamentos médicos cujas vendas não iam bem. Chris e sua mulher Linda (Thandie Newton) acumulavam várias dívidas, incluindo o aluguel há meses atrasado e podiam ser despejados a qualquer momento. Com os problemas financeiros, a relação do casal entra em crise, terminando com a separação.

Linda trabalha como faxineira e resolve sair de casa no dia em que perde seu turno porque Chris, numa empreitada visando a conseguir o estágio, vai parar do outro lado da cidade e não chega a tempo para cuidar do filho Christopher.

Nessa noite, Chris diz ter começado a pensar na busca da felicidade. Reclamada na Declaração de independência dos Estados Unidos, Gardner pensa se ela não seria algo somente para se buscar sem, de fato, alcançá-la em algum momento. Esse questionamento dura pouco. Move-se sempre em busca da felicidade.

Linda declara a Chris que já não é mais feliz no casamento e por isso quer ir embora. Com desdém e estupidez, Chris a chama de fraca, dizendo para ela “ir atrás da felicidade”, mas exige que a custódia de Christopher fique com ele. Para ele, a felicidade que buscava era mais forte e corajosa que a felicidade dela. Por mais que o filme tente construir sua felicidade na busca de melhores condições de vida para o filho, o que mais se destaca no personagem de Will Smith é a obsessão pela ascensão social materializada logo de início pela possibilidade de comprar uma Ferrari. Esse sonho, para ele, seria mais sólido e ousado que a preocupação de Linda com o pagamento das contas.

Linda muda-se para Nova Iorque para trabalhar num restaurante. No entanto, bastante relutante e pressionada por Chris, deixa o filho com ele.

Sem dinheiro, Chris e seu filho se mudam para um lugar menor de onde, em pouco tempo, são despejados. Passam, então, a dormir em abrigos de sem teto, estações de ônibus e banheiros de metrô.

O homem-que-se-faz-sozinho na terra das oportunidades
Durante o dia, Chris continua a participar do estágio não-remunerado na corretora de ações enquanto seu filho fica na creche. Durante a noite estuda com luzes improvisadas, visível cansaço e um tremendo esforço por parte dos realizadores do filme em nos comover com um personagem tão obstinado e trabalhador. Nos fins-de-semana, continua a tentar vender os equipamentos médicos, levando seu filho consigo.

Num diálogo bastante exemplar, Gardner aconselha Christopher a proteger seus sonhos e diz a ele que, para conseguir alcançá-los, basta se esforçar muito e batalhar para conseguir.

Conforme afirma a citada declaração de independência americana, Chris parte do pressuposto que “todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade”. Haveria na realidade uma certa igualdade de oportunidades a todos os homens, iguais por natureza. E que o aproveitamento máximo dessas oportunidades, ou seja o sucesso, se daria de acordo unicamente pela força e determinação de sua vontade. Aquele que alcança esse sucesso é o que costumam chamar de um “homem-que-se-faz-sozinho” (self-made-man), que hoje é comumente conhecido enquanto empreendedor. Inclusive, como bom material liberal, desestimula e aponta enquanto negativa qualquer interferência do Estado nesta dinâmica, pois dessa forma estaria forjando desigualdades.

Toda a ação do filme é desenvolvida no início do mandato do presidente americano Ronald Reagan, que foi aconselhado por Milton Friedman, um dos teóricos do neoliberalismo, que acreditava na redução do papel do governo na economia. De fato, no filme, o Estado aparece de modo bastante ostensivo e negativo enquanto cobrador de impostos (e multas). Com o atraso no pagamento, sem nenhum aviso prévio, o governo entra na conta de Chris e lhe retira todas as economias. Como ele mesmo diz, “se não pagamos, o governo mete as mãos na sua conta bancária e toma o seu dinheiro”.

Mas não imagine que o filme critique a cobrança intensa que existe sobre os mais pobres em detrimento da taxação sobre as maiores riquezas. Muito pelo contrário. Como um autêntico libelo liberal, todos no filme, principalmente os mais ricos parecem descontentes com a cobrança exagerada de impostos e até mesmo algumas das ações são impulsionadas pela busca de formas de fugir desse tormento. Inclusive o estágio de Gardner resume-se na venda de planos de previdência privada, cujo maior atrativo é o fato de serem “livres de impostos”.

A encarnação do sonho americano
Em A ideologia Alemã, Marx nos alertava que “as idéias da classe dominante são, em cada época, as idéias dominantes”. Em outras palavras, aqueles que detêm o controle dos meios de produção utilizarão todos os meios de reprodução ideológica – imprensa, igreja, escola, cinema, etc. – para impor ao restante da sociedade suas idéias, representações e conceitos que aparecerão como verdades eternas e de interesse do conjunto de toda a sociedade. Você aprende a tomar consciência de uma realidade falsa.

Além de nosso suor e sangue, a burguesia quer nossas almas. Ver-nos controlados, sabendo o nosso lugar e reduzidos à aclamação e busca de seus ideais e princípios. Seduz-nos com a possibilidade de ascender socialmente e nos tornar vencedores, capazes e competentes. Se você não consegue, o problema está em você e nunca na estrutura social.

Assim é o pressuposto de igualdade entre os homens com o qual À procura da felicidade trabalha.

Com a autoridade do selo “inspirado numa história real”, ao contar a vida de um personagem que ascende de sem-teto a banqueiro bem-sucedido pelos seus próprios esforços e determinações, o filme reforça e estimula a ideologia neoliberal de que basta um espírito empreendedor individualista e egoísta, independente da conjuntura histórica, para prosperar.
Sucesso desde o lançamento do livro nos Estados Unidos e disputadíssimo pelos estúdios, a vida de Chris Gardner é a encarnação do sonho americano, ou como alguns espectadores estadunidenses ressaltaram em comentários sobre o filme, “é o espírito do modo de vida americano, que fez da América um grande país”.

Se parto do princípio de que existe na realidade um antagonismo claro entre aqueles que são explorados e aqueles que são exploradores e que todos os aparatos de repressão, assim como os meios de reprodução ideológica estão na mão dos exploradores, como podemos acreditar na premissa da igualdade de oportunidades para todos?

Ressalto, inclusive, que apesar de Chris Gardner não ter terminado a faculdade, a todo o momento, como já afirmei, o filme insiste em mostrar o quão inteligente Gardner é, resolvendo, por exemplo, o Cubo Mágico num tempo recorde. Também é o primeiro a terminar a prova final do estágio. Se não fosse tão absolutamente inteligente, teria essas oportunidades?

Além disso, existe uma completa ausência da questão racial no filme. Apesar de se sentir subestimado e subvalorizado pelo gerente do escritório, para o qual fazia favores, em nenhum momento isso é problematizado pelo fato de ele ser negro num programa voltado para brancos.

À procura da felicidade posta-se como excelente fábula neoliberal, buscando ser histórica e particular, genérica e universal, como bom instrumental ideológico. Com a desculpa narrativa da busca de um pai por manter a salvo seu filho, ele toca e inspira as pessoas, atualizando fábulas cinematográficas mais antigas para um público mais jovem.

COMO DEFINIR SE OS ENTIMENTOS SÃO SAUDAVEIS OU NÃO?











COMPARTILHANDO OS MEUS SENTIMENTOS DE PAIXÃO.

É SEMPRE preciso paixão, na vida. Mas me refiro , porém, da paixão como sinonimo de entusiasmo, de ardor, de gostar muito, de forte querer, afeição; sentimento que supera a apatia e vai longe. Admite até certa ousadia, mas procura manter-se dentro da lucidez, da razão, pára antes de atingir a obsessão, a alucinação.
Percebi que isenção não é desinteresse, falta de paixão. É a paixão dentro de seus limites. Convenci-me de que a paixão só pode ser assim considerada quando passível de ser domada, domesticada, mantida num limite que se possa controlar. Caso contrário vira obsessão, fanatismo, algo que turva os sentidos, afeta o raciocínio, priva da razão. Na minha concepção, a paixão a gente domina; a obsessão domina a gente. Paixão é a vontade sadia; obsessão, a vontade doentia. Não me vem à mente nada de bom que se possa considerar resultado de uma obsessão.

Às vezes a gente tem paixão por uma atividade, pelo trabalho, pela cidade, pelas pessoas em volta etc., mas não se apercebe disso. Está no inconsciente. Só mais tarde, quando há uma alteração substancial, é que vem à consciência o quanto tudo era bom. A dificuldade em divisar a paixão leva ao imponderado, ao irrefletido, ao insano. Garotas que têm obsessão pela estética acabam doentes, com anorexia, bulimia. Rapazes que usam anabolizantes estão numa esfera irracional, distante da paixão pelo corpo perfeito. Trabalhar com prazer, movido pelo desejo de fazer bem feito, é paixão. Colocar o trabalho acima da família, do lazer, da saúde, é obsessão. Fazer política por idealismo é paixão; mas é obsessão querer o poder a qualquer custo, como meio para o enriquecimento ilícito. A paixão pela ética deve preponderar sobre o desejo de vitória. O “ter” não pode dominar o “ser”. Comprar por impulso, sem necessidade, é obsessão. O objetivo do comer é a nutrição física e o limite é a fome saciada; passou disso é obsessão. O alimento para o espírito não vem servido em pratos. Há metas que não se atingem sem paixão. Como os ginastas conseguem tanta resistência e flexibilidade?
Como saber o limite da paixão? Reconhecendo que o desejo ou objeto desejado não é saudável, nem necessário, nem moral, nem tão valioso quanto aquilo que se deve sacrificar para obtê-lo. Dizer que os fins justificam os meios já é indício de que se está ultrapassando a órbita da paixão. Espancar a mulher amada por ciúmes não é paixão. Tratá-la como objeto também não. O torcedor de futebol que depreda o estádio ou as instalações do time para demonstrar insatisfação, o que tem ódio pelo torcedor rival, não agem movidos por paixão. Não raro, a maior demonstração de paixão é dizer “não”. Defender um ponto de vista é paixão. Dizer que quem discorda não entende nada é obsessão.

Descubra se você está passando do limite do amor saudável

A psicoterapeuta e pesquisadora do Ambulatório do Amor em Excesso da Faculdade de Medicina da USP, Eglacy Sophia, destaca algumas questões para um auto-avaliação e análise de uma espécie de "dosagem do amor", para saber se o sentimento está passando ou não do limite.

avalie a dosagem do amor com relação ao seu parceiro:
- Você costuma se sentir satisfeito com a quantidade de atenção e tempo que despende ao seu parceiro ou percebe que fez mais do que gostaria?

- Você acha que a quantidade de atenção que dirige ao seu parceiro está sob seu controle ou é comum tentar diminuir e não conseguir?

- Você mantém outros interesses e relacionamentos ou abandonou pessoas e funções em decorrência da sua vida amorosa?

- Você continua se desenvolvendo pessoal e profissionalmente após o início de seu relacionamento amoroso?

Se respondeu "não" à maioria das questões, é um sinal de alerta para o amor patológico. Nesse caso, existe a necessidade de realizar uma avaliação clínica mais aprofundada com um especialista.


Uma vez me apaixonei por alguém proibido e logo fui acusada de estar doente, lógico que é fácil para o objeto de desejo te acusar disto quando você não é nenhuma Ana Paula Arósio e não interessa a ele, mas nem de longe achava doentio meu sentimento porque eu nunca abandonei meus objetivos pra correr atrás dele.
Antes de julgar os sentimentos alheios estude o caso pra ver se esta pessoa está agindo de forma desajustada e desorientada mesmo e onde está sua contribuição pra que a pessoa tenha ficado assim, às vezes você dá uma porção de estímulos, diz coisas sedutoras e depois não assume seu papel diante da paixão alheia...e sai dizendo que a pessoa é doente, quem é doente? quem pode avaliar quem?

o que eu sentia por ele era:
sinônimo de entusiasmo, de ardor, de gostar muito, de forte querer, afeição; sentimento que supera a apatia e vai longe. Admitindo até certa ousadia, nunca pensei em ser dona nem me vingar das frustrações que recebi no lugar do afeto que eu dei!Nunca pensei nada de mal apenas só o bem e o prazer dele que quando vi que o maior prazer dele poderia ser meu distanciamento assim fiz e continuarei fazendo.

O amor patológico é uma doença que causa dependência como se fosse uma droga, só que nesse caso, a droga não é um produto químico ou álcool, é o parceiro ou parceira. De acordo com a psicóloga Sílvia Rezende Azevedo, o amor patológico atinge com mais freqüência as mulheres, mas os homens também podem sofrer desse mal.

Para saber se alguém tem amor doentio é só analisar o relacionamento. "Chega a um ponto que o amor fica obcecado e a pessoa deixa a sua vida para viver a do outro ou não permite que o parceiro tenha vida própria".

Segundo Sílvia, quando a pessoa deixa os amigos, o parceiro passa a ocupar mais espaço do que a família, o trabalho e outros afazeres, ou o medo da relação acabar é incontrolável e se começa a seguir e vigiar o outro, é certo que o amor deixou de ser algo saudável e se transformou num vício.

"Pesquisas mostram que as áreas do cérebro que são ativadas quando se está interessado por alguém são as mesmas da obsessão. É uma sensação química e quando o amor passa a ser doentio a pessoa tem crises se está longe ou sem o parceiro, tem sentimentos de culpa. É como se fosse uma droga que não se pode ficar sem", explica Sílvia.

A psicóloga afirma que é difícil perceber que o limite saudável de uma relação está sendo ultrapassado devido a uma questão cultural de que em um relacionamento amoroso, principalmente no início, é normal amar exageradamente, demonstrar que ama e fazer uma série de coisas pelo outro.

"É como o consumo de álcool que é uma droga aceitável e consumida socialmente. No começo você bebe e não percebe nada porque está dentro do normal, com o passar do tempo sua vida começa a girar em torno disso e você não percebe que está passando do limite", compara.

A pessoa doente se torna impulsiva e compulsiva devido ao vício. O amor se transforma em um sentimento destrutivo para o casal e que em alguns casos pode ocasionar tragédias como crimes e suicídios.

O amor patológico pode atingir, principalmente as mulheres com mais de 30 anos e que não têm um relacionamento estável. "As mulheres estão mais seletivas e depois de determinada idade, quando encontram um parceiro, ficam doentes por ele e são capazes de fazer tudo para não perder essa relação", diz Sílvia.

Esse amor doentio não fica restrito a relação homem-mulher. Pode atingir também pais, irmãos, filhos e amigos. "Algumas mães gostam tanto dos filhos que acabam com o relacionamento amoroso deles e alguns amigos têm ciúme doentio pelo outro", exemplifica.

Características do amor patológico
A psicoterapeuta e pesquisadora do Ambulatório do Amor em Excesso (Amore) da USP, Eglacy Sophia, destaca alguns sintomas dos 'doentes de amor':

- Sintomas de abstinência (como angústia, taquicardia e suor) na ausência ou no distanciamento (mesmo afetivo) do amado

- O indivíduo se preocupa excessivamente com o outro

- Atitudes para reduzir ou controlar o comportamento de cuidar do parceiro são mal-sucedidas

- É despendido muito tempo para controlar as atividades do parceiro

- Abandono de interesses e atividades antes valorizadas

- O quadro é mantido, apesar dos problemas pessoais e familiares

Serviço
O Ambulatório do Amor em Excesso da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) aceita voluntários para tratamento e pesquisa do amor patológico. As triagens são agendadas pelo telefone (11) 3069-7805, somente às quartas-feiras, das 10h às 17h. Os participantes passam por 16 sessões de psicoterapia e psicodrama em grupo.

EXTRAÍDO DO :
Redação
Terra