sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Página do Sonekka



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Tempos de covardia

(Sonekka e Elder Braga)

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Ando pelas travessas da paulista
Relembro suas certezas e promessas
E aquela gentileza populista
Juras eternas, carícias expressas

Vivo bem sem sua agonia
E sei que enquanto ando por aí
Você assim - todo dia espera
O dia todo o fim de todo dia

Nesses tempos de covardia
Foi bom eu parar de viver
A solidão de sua companhia

Peço um café como sempre eu fazia
Pra acordas depois da noite discutindo
Noto que hoje ele não me dá azia
E que às vezes não se ter o amor é lindo

Sigo andando e meus olhos molhados
Lembrar você me faz arder
E invejar casais de namorados
Mas que já não pode me prender

Nesses tempos de covardia
Foi bom eu parar de viver
A solidão de sua companhia


 

Ontem

(Sonekka)

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Eu já te xinguei
Joguei mil pedras
Já usei diversos modos
Já bebi pra te odiar

Já pedi, roguei
Rezei mil rezas
Já me enchi de nos, de contas
Pra tentar te afastar

Mas hoje, hoje eu
Quis me arrepender
Ontem não te fiz
Por merecer
Ontem te esqueci
Tão sem querer
Hoje não consigo
te esquecer

Mas um bilhete, um toque
Uma mensagem, um email
Uma bobagem e eu voltei
A amar você

Descobri que adoro
Não te ter é ter coragem
De querer é mais
Que prova de amor


 

O meu lugar no mundo

(Sonekka e Zé Edu Camargo)

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O meu lugar no mundo não anda sob os pés
Do meu amor
O meu lugar no mundo, a sola dos chinelos
E o edredon

Na sala a tevê acesa
E na geladeira uma pizza de anteontem
Meio pão amanhecido
Um doce de leite já no fim
A parte que me cabe nesse laticínio

O meu lugar no mundo não cabe aqui
As paredes do apê estão perto demais
O meu amor no mundo e eu fico aqui
Sem saber por que não me quer mais

O meu lugar no mundo não anda no olhar
Do meu amor
O meu lugar no mundo agora é um trapo velho
No corredor
As horas já não têm mais pressa
E dessa vida não espero que me contem
O que anda acontecendo
Nada disso importa mais pra mim
Só imagino o que diria Lupicínio

O meu lugar no mundo não cabe aqui
As paredes do apê estão perto demais
O meu amor no mundo e eu fico aqui
Sem saber por que não me quer mais


 

Mala sem alça

(Sonekka e Léo Nogueira)

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C/G             Am(#5) G#6
Eu perco a sola do sapato,
C/G
Mas não perco o chão
A6 A6 D/F#
Eu rasgo até o seu retrato,
F/G G7(b9)
Mas dinheiro, não

C/G Am(#5) G#6
Até quando eu troco seu nome
C/G
Sei quem você é
A6 A6 D/F#
De vez em quando perco a fome,
F/G G7(b9) F/G G7(b9)
Mas jamais a fé

C(add9) F#°
A multidão é o melhor lugar
Em7
Pra se esconder
A7(13) Dm7/9
A solidão com vista pro mar
F/G G7(b9)
Também dá prazer

C/G Am(#5) G#6
Eu, quando você tá por perto,
C/G
Sou decoração
A6 A6 D/F#
Se é pra dormir de olho aberto
F/G G7(b9)
Melhor com o ladrão

C/G Am(#5) G#6
Melhor viver de paixão falsa
C/G
Que de meio amor
A6 A6 D/F#
Carrego até mala sem alça
Am7/11 B4/7/9 Am/B
Mas não seu andor

A7+ E/G#
Melhor sofrer sem dar bandeira
A7+ B/A
Do que chorar de brincadeira
A7+ E/G#
Melhor errar a vida inteira
A7+ B/A
Do que fingir ser verdadeira
B7(#5) C/G
(Melhor beijar a geladeira)

 

Ira

(Sonekka e Álvaro Cueva)

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   Am            Am7+
Se meu ódio é meu condutor
C#°
Se por mim o rancor transpira
Dm Dm7+ Dm7 Dm7+
Verto inveja pelo meu suor
E7 E(#5)
Rompo as cordas da minha lira

Am Am7+
Corrosiva, a minha dor
C#°
Vai purgando em minha ferida
Dm Dm7+ Dm7 Dm7+
E eu mantenho neste calor
E7 E(#5)
A alma viva e aquecida

Am G
Hoje a ira vai reclamar
F
Sua porção criativa (refrão)
E7
Destruindo, para criar
F
Vai gestando uma ogiva

Am Am7+
Já cantei blá-blá-blá de amor
C#°
Me enganei em canções comovidas
Dm Dm7+ Dm7 Dm7+
Que hoje rasgo, sem nenhum pudor
E7 E(#5)
Que hoje afasto da minha vida

Am Am7+
Se plantei manacás no sertão
C#°
E colhi tudo em ervas daninhas
Dm Dm7+ Dm7 Dm7+
Choro lágrimas de convulsão
E7 E(#5)
Prá regar essa terra mesquinha

Fugitiva

(Sonekka e Greice Munhoz)

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Já fiz passaporte
Já tirei a sorte
Negociei com a morte
Já fechei o corte
E cadê você? E cadê você?

Transferi o título
Vivi o ridículo
Tomei o remédio
Pra espantar o tédio
E cadê você?

Já ouvi de tudo
Nowadays Menudo
Back Street Boys
Pra lembrar tua voz
E cadê você? E cadê você?

Eu já li de tudo
Alfabeto mudo
Também sei usar
Aprendi a falar
E cadê você?

Já fechei a empresa
Cortei sobremesa
Briguei com a tristeza
Saí à francesa
E cadê você?

Já te procurei
No Yahoo, no Achei
Universo Online
CIA, FBI
E você, Cadê?

Já peguei o canudo
Já não jogo Ludo
Já perdi os fundos
Vendi quase tudo
E cadê você?

Fecharam o Moinho
E aquele barzinho
Perto do Etapa
Onde rolou beijo
E há de rolar tapa...

Já fugi do sino
Me fingi menino
Mudei o destino
Tomei o quinino
E cadê você?

Eu vô botá luto
Gringo farabuto
Se baixá o matuto
Nega vai sofrê
E cadê você?

Se eu tiver que ir lá
Pra te procurar
E desrespeitar
Nosso blá, blá, blá
Não vem me xingar...

Que eu tô bem mudado
Tô aqui sentado
No meio de tudo
No centro do nada
E você, cadê?

Cadê você, você cadê...
Cadê você, você cadê...


 

Cinema colorido

(Sonekka e Zé Edu Camargo)

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E(add9)            G#7(#5)
Agora que a poeira baixou
C#m7 C#m6
ficou muito claro pra chorar
A(add9) E(add9)/G#
agora que a tristeza se foi
F#m7/11 E4 F#m7+/11
e há um vazio me enchendo feito um mar
A(add9) G#7(#5)
agora que as cores voltaram
C#m7 C#m6
no meu filme preto e branco
A(add9) E(add9)/G#
e a rua já não é um tormento
F#m7/11 E4 B7/11
e eu já não ando mais bebendo tanto

A(add9) G#7(#5)
Acho até que posso te ver
C#m7 B4
te encontrar num lugar qualquer
A(add9) E(add9)/G# B4/7 B7
e não tentar fugir , nem me esconder
A(add9) G#7(#5)
Acho até que eu posso dizer
C#m7 B4
olhando bem para você
A(add9) Am E(add9)
Olha eu estou aqui outra vez

E(add9) G#7(#5)
Agora que o inverno passou
C#m7 C#m6
Ficou muito claro o que é que há
A(add9) E(add9)/G#
se acabou o que é que tem
F#m7/11 E4 F#m7+/11
porque é que eu vou me acabar
A(add9) G#7(#5)
agora que as flores voltaram
C#m7 C#m6
eu faço um filme a cada vez
A(add9) E(add9)/G#
e ando pela rua tranqüilo
F#m7/11 E4 B7/11
lembrando com carinho de você

Cinema colorido

(Sonekka e Zé Edu Camargo)

Clique para ouvir em RealPlayer com Marianna Leporace

E(add9)            G#7(#5)
Agora que a poeira baixou
C#m7 C#m6
ficou muito claro pra chorar
A(add9) E(add9)/G#
agora que a tristeza se foi
F#m7/11 E4 F#m7+/11
e há um vazio me enchendo feito um mar
A(add9) G#7(#5)
agora que as cores voltaram
C#m7 C#m6
no meu filme preto e branco
A(add9) E(add9)/G#
e a rua já não é um tormento
F#m7/11 E4 B7/11
e eu já não ando mais bebendo tanto

A(add9) G#7(#5)
Acho até que posso te ver
C#m7 B4
te encontrar num lugar qualquer
A(add9) E(add9)/G# B4/7 B7
e não tentar fugir , nem me esconder
A(add9) G#7(#5)
Acho até que eu posso dizer
C#m7 B4
olhando bem para você
A(add9) Am E(add9)
Olha eu estou aqui outra vez

E(add9) G#7(#5)
Agora que o inverno passou
C#m7 C#m6
Ficou muito claro o que é que há
A(add9) E(add9)/G#
se acabou o que é que tem
F#m7/11 E4 F#m7+/11
porque é que eu vou me acabar
A(add9) G#7(#5)
agora que as flores voltaram
C#m7 C#m6
eu faço um filme a cada vez
A(add9) E(add9)/G#
e ando pela rua tranqüilo
F#m7/11 E4 B7/11
lembrando com carinho de você

atendo água

(Sonekka, Gilvandro Filho e Zé Edu Camargo)

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Em Afogados, na Jaqueira
Na linha do tiro
Na Ilha do Leite
Na Ilha do Retiro Em Caixa d'água
No Cordeiro e nos aflitos
Na Santa casa
No Sítio dos Pintos

Tem neguim levando lata
Tem neguim lavando a égua
Tem neguim batendo água
Tem neguim bebendo dela

Em Casa Amarela, na Mangueira
Cajueiro
Na Tamarineira, no Curado
Cavaleiro
No bairro da Várzea
Por detrás do cemitério Arruda
Na Caixa d'Água
Bomba do Hemetério

Tem neguim levando lata
Tem neguim lavando a égua
Tem neguim batendo água
Tem neguim bebendo dela

Na Encruzilhada, no Cabanga
No Ibura
Brasília Teimosa ou na Imbiribeira
Hipódromo, Peixinhos
Vila Dois Carneiros
Arruda, Beberibe
Caxangá, Monteiro

Barra do Rio Grande

(Sonekka e Zé Edu)

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Carne cansada de sol
Pele curtida demais
Por andar sertão
Dia após dia após dia
Vida sozinha que só
Tempo perdido em depois
Por querer na mão
Cada estrela que caía
Doido de dar dó
Corri o mundo
Dedo em corda
Corda em voz
A voz de dor sem fim
Louco de andar só
Eu sorri muito
Vez em quando
Eu volto aqui
Só pra saber de mim
Onde o Rio Grande
Encontra o Velho Chico
É onde eu acabo
Encontro em mim
E ainda sigo

Segredo

(Sonekka e Zé Edu Camargo)

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Quis te dizer, como não sabia
Quis te contar o que não contaria
Nem ao meu melhor amigo
Nem mesmo ao pé do ouvido
Do criado mudo

Quis te dizer mas, não veio palavra
Eu Quis contar, mas deu uma trava
Era pra sair, te juro
mas fiz cara de abajur
E fiquei calado

Agora não tem jeito
O que não fiz está desfeito
Vou morrer com essa

Ficou preso na garganta
Já foi, não peça
Esqueci, esqueça...