quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A tempestade das horas



Ai que nervoso, não quero ser vista vendo!
Nem lendo seu olhar, me querendo.
Ai que nervoso não quero ser vista tendo...
Um frisson deste coração batendo...

Ai que nervoso, do seu olhar...
Em verso desnudando tudo.
O meu desejo neste caos, Inundando
De fogo e preces meu mundo...

É o fogo e a chama,
O prazer e a cama...
O relógio tictaqueando
A consciência perturbando...

Entre superego e ID
Um encanto, uma ida,
Ao paraíso que incide,
Na explosão da vida...

Entre o amor e a razão...
Sem razão desejando...
Eros e Psiquê,na mesma canção...
Dançando...

Um ironico destino...
Que vigora...
Na tempestade das horas...

Cleide Regina Scarmelotto