sábado, 1 de março de 2008

Otica da minhas palavras.



Limpeza desta alma cheia,
De amor, desejo, vida...
A vida é surpresa,
pedi à Deus felicidade

Ano passado, ultimo dia.
E me veio você.
Com este sorriso fácil.
Este jeito lindo de viver
E vocábulos tímidos
Deum jeito de menino....


A otica de minhas palavras
Que denotam vida
E vida é tudo, repressão leva à nada
Nesta curta trajetória cumprida,
Eu mesma planto flores na minha estrada
Para quem vier depois poder
Enxergar flores no viver



Antes que o sol da vida se ponha
E nada mais reste
E nada mais preste
E o sorriso se descomponha
Ou quem sabe eu possa viver amando
Pouco chorando,
Mas sempre sentindo
Até dia em que eu morrer sorrindo
Pois tudo que fiz,
Foi por ser muito feliz.

Projeto: Vou te contar uma história.

Contação de história para crianças de todas as idades.

Autora: Professora e escritora, poeta:

Cleide Regina Ribeiro Barbosa

Novembro /2011

OBJETIVOS:

O curso visa ensinar educadores a construir histórias para contar construindo personagens a partir de material reciclado, abordando temas como sustentabilidade, respeito á diversidade, cidadania e valores, assim bem como a articulação dinâmica entre a palavra escrita e a narrativa oral. Abordando, a literatura infantil e seus desdobramentos estéticos; e, de maneira performática, as técnicas de contação de histórias. Além disso, visa abrir um espaço, de reflexão e prática, para o exercício criativo com a palavra, na estética proposta pela Literatura Infantil, e suas implicações na Narrativa Oral.

Conteúdo programático

Técnicas para contar histórias:

Atenção da audiência, o uso de objetos no ato de narrar histórias, o corpo expressivo do narrador oral, a voz expressiva do narrador oral
Elementos expressivos da voz e do corpo no processo performático da narrativa oral;

Emoções como o medo e o cômico e suas implicações na escolha e formação de repertório do narrador oral e do escritor;


Carga horária 4 horas. 2 sexta feiras.

Dicas de contação de histórias:

A arte de contar histórias é uma prática milenar que se teve seu início desde os primórdios da humanidade por meio da tradição oral, sendo intensificadas na Grécia Antiga e no Império Árabe – por meio das famosas histórias presentes na obra “As mil e uma noites”, contadas por Sherazade. Essa arte amplia o universo literário, desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação através da construção de imagens interiores. Narrar uma historia será sempre um exercício de renovação da vida, um encontro com a possibilidade, com o imaginário e o desafio de, em todo tempo e em todas as circunstâncias de construir um final a maneira de cada leitor/ouvinte.
A contação de histórias age na formação da criança em várias áreas. Contribui no desenvolvimento intelectual, pois desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação por meio da construção de imagens interiores e dos universos da realidade e da ficção, dos cenários, personagens e ações que são narradas em cada história.


Outro ponto em que atua é no desenvolvimento comunicativo devido a sua provocação de oralidade que leva a criança a dialogar com seus colegas ouvintes e a (re) contar a história para seus amigos que não estavam presentes naquele momento. Com isso também é desenvolvida a interação sócio-cultural da criança ao proporcionar essa interação entre crianças e a criação de laços sociais e formação de gosto pela literatura e artes. A criança recebe influência até em seu desenvolvimento físico-motor, devido à manipulação do corpo e da voz de que faz uso ao ouvir e recontar as histórias.
As escolas devem promover a formação de seus professores das séries iniciais possibilitando o contato com conceitos e técnicas de formação para contadores de histórias para capacitá-los para a percepção e uso dos valores do texto, das múltiplas possibilidades de abordagem do texto literário, para vivenciarem o contar histórias associando à teoria e a prática a partir do acervo pessoal como a memória afetiva e as histórias da infância e assim promover a interação de suas interfaces com os demais textos, e posteriormente, divulgar a arte de contar histórias com seus diversos enfoques de leitura, (re) apresentação. e representação.


Em uma sociedade tecnicista como a sociedade atual, contar e ouvir histórias é uma possibilidade libertária de aprendizagem e uma atividade de suma importância na construção do conhecimento e do desenvolvimento ético e significativo da criança enquanto ser humano.

Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enriquecimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os acontecimentos do seu quotidiano.

Na época atual a maioria das crianças não tem oportunidade de ouvir histórias no seio familiar. Cabe ao jardim-de-infância e à escola assegurar que lhes não falte essa experiência tão enriquecedora e tão importante para a aprendizagem da leitura.

* Um bom contador de histórias tem que saber adaptar-se ao público. Esse ajuste é feito ao vivo, de uma forma rápida e quase imperceptível.
* Se a assistência se distrai, há que mudar o relato, abreviando o enredo, introduzindo novas peripécias, criando suspense. Se a assistência se mostra fascinada, vale a pena prolongar o efeito e for adiando o desfecho.
*
A mesma narrativa terá de apresentar cambiantes conforme a idade das crianças e as características dos vários grupos.

Sugestões de atividades

* Conte, sobretudo histórias que conheça bem e de que goste.
* Identifique previamente os acontecimentos-chave para apresentá-los de forma clara e sugestiva.
* Conte a história como se estivesse a vê-la desenrolar-se por cenas.
* Ensaie em casa, ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar uma opinião.
* Observe as reações das crianças enquanto conta a história para poder fazer os ajustes necessários. Pode, por exemplo, aligeirar uma situação se as crianças estão assustadas ou torná-la mais dramática para envolver emocionalmente os ouvintes.
* Sempre que possível envolva as crianças no relato.
* Se as crianças exigirem que torne a contar a mesma história deve considerar que a atividade foi um êxito.

Como envolver as crianças no relato

* Pedir às crianças que:

- repitam frases;

-façam os gestos adequados para sublinharem a ação;

- emitam os sons que a história refere (vento, bater à porta, etc.).

* Suscitar antecipações, perguntando: O que é que acham que vai acontecer a seguir?
* Suscitar o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos.

Como suscitar o reconto em grupo

* Um ou dois alunos ajudam o educador.
* A história vai sendo contada pelas crianças e o Educador só interfere quando necessário.
* As crianças contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente.
* Uma turma conta a história a outra turma.
* Cada criança escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o que quiser.
* As crianças são convidadas a contar a história muito rapidamente e referindo apenas o essencial. - Aprenda a ouvir histórias, em primeiro lugar.

- Prepare-se estudando, pesquisando, ensaiando.

- Procure conhecer melhor as crianças, como funciona sua imaginação.

- Não tenha a pretensão de ensinar ou formar a criança.

Apenas conte uma história.

- Pesquise e monte seu repertório.

Com o tempo suas histórias ficarão mais fáceis de contar.

E ganharão vida, porque você estará acreditando nelas.

- Todos os recursos são válidos para chamar a

Atenção: cantar, dançar, usar sotaque.

- É sempre bom usar objetos que estimulem a imaginação: um lenço enrolado num cabo de guarda chuva pode ser uma linda rainha vestindo sua capa.

- Procure desenvolver sua sensibilidade. Se você acreditar que o lenço é a capa da rainha, a criança vai gostar mais do seu jeito de contar. - Porém, procure sempre conhecer o universo das crianças para as quais você vai contar a história. O sucesso ou fracasso dos recursos que você vai usar

Depende disso. O lenço enrolado no cabo de guarda chuva pode não significar nada para elas.

- Descubra os momentos de respirar, de se surpreender. Assim, a história ficará viva em você. E você se surpreenderá naquele momento, junto com quem está ouvindo, mesmo que tenha contado a mesma história mais de 100 vezes.

- Antes de começar a história, organize um espaço sem muitos objetos, elementos e movimentos que desviem a atenção de quem está ouvindo.

- No caso específico de hospitais, procure integrar à sua história os elementos que não podem ser eliminados (medicamentos, enfermeiros, camas).

- Faça reuniões com os demais contadores. Contem histórias uns para os outros.

- Acredite no que está fazendo.

História:

O Reino dos Mólatas Plastibuns

Autora: Cleide Regina Ribeiro Barbosa.

Era uma vez um reino colorido onde viviam os bonecos conhecidos como Mólatas Platibuns.

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Cada mólata tinha uma cor diferente.

Eles viviam felizes e até tinham um rei e uma rainha que decidiam quem podia ou não, entrar naquele reino.107.JPG

Algo triste acontecia naquele reino...

Havia poucas crianças por lá.

Então a Rainha Mólata primeira, preocupada em aumentar o número de crianças no reino, começou a enviar cartas para os reinos vizinhos, oferecendo uma bela morada para casais com filhos que quisessem viver por lá!

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Zezinho e Galega, umas das únicas crianças deste reino ficaram felizes dizendo:

Zezinho- Será que virão muitas crianças?

Galega- Espero que venham muitas meninas!

Zezinho- Que nada Galega, espero que venham muitos meninos!

Enquanto isto os adultos estavam preocupados com o tipo de mólatas que viriam para o reino

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Dona Nenê era cor de açaí, tratou de dizer:

-Tomara que sejam Mólatas educados!

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Dona Zazá a mãe das únicas crianças do reino, dizia:

-Tomara que venham crianças educadas que possam conviver com meus filhos!

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E a mocinha do chapéu que e chamava Hilária, fazia tortas pra vender na venda do seu Tiné pensava;

-Tomara que estas Mólatas que vão chegar ao reino, não mexam nas minhas tortas que costumo deixar esfriando na janela!

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O senhor Tiné dono da venda se preocupava com pessoas barulhentas:

-Tomara que sejam pessoas que não sejam muito barulhentas, pois preciso abrir a venda cedo, e se eles ficarem fazendo barulho até tarde, irão perturbar o meu sono!

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Tutuca a esposa do senhor Tiné, se preocupava muito com as plantas, era ela que plantava todas as flores da cidade comentva:

-As pessoas que vão chegar em nosso reino, não podem pisar na grama, nem nas flores, assim eu espero!

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Mirabaruska, a mocinha do véu pensava assim:

-Eu gostaria que eles não implicasem com o meu véu

Assim, os Mólatas ficavam preocupados o tempo todo com as mólatas que viriam morar no reino!

Todos temiam que as pessoas que ia chegar fossem pessoas que estragasse as coisas boas que existiam naquele reino!

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Enfim, o grande dia da chegada dos novos moradores chegou!

E todos mólatas de reuniram na praça da cidade a espera deles!

O coração das crianças batiam forte, eles sabiam que viria uma criança para brincar com eles!

104.JPG Os mólatas chegaram, eram azuis!

As crianças felizes foram conversar com a menina azul!

Galega disse:

- Não falei Zezinho? Eu disse que viria uma menina!

As crianças nunca tinham visto uma menina azul!

Então galega falou:

- Menina azul qual é o seu nome?

- Meu ome é Luly!

Galega achou este nome lindo e estava já convidando Luly para brincar quando a mãe de galega interferiu:

-Venha cá Galega!

-O que foi mamãe?

-Nunca vimos pessoas azuis na nossa vida, Luly pode ser uma pessoa do mal somente por ser azul, fique longe dela!

Galega ficou muito triste:

-Mas mamãe, Luly é uma menina azul, mas ela é boazinha, deixe eu brincar com ela!

-Não Galega, eu disse não, vamos embora!

Então todos os mólatas descontrolados ficaram de longe falando mal das latas azuis, somente porque elas eram azuis...

E as mólatas azuis ficaram tristes sem saber porque ninguém queria falar com elas...

Os Mólatas do reino colorido diziam entre eles:

-Certamente por serem azuis,estragarão as plantas, derrubarão as tortas da janela, farão barulhos à noite, pertubarão a vizinhança, implicarão com o véu da Mirabaruska... E a menina deles não serve para brincar com as crianças daqui, certamente que não, ora são mólatas azuis e mólatas azuis não prestam, não queremos eles aqui, temos que impedir, vamos chamar a rainha!

Então os mólatas querendo impedir a entrada na cidade, convocaram uma grande reunião com a rainha!

E no entanto, ao contrário do que todos pensavam, os molátas azuis eram mólatas bacanas, legais, educados e de bom coração!

Os mólatas perceberam que causaram estranheza e ficaram sozinhos na porta da cidade , tristes e desapontados!

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Eles chamaram o rei e a rainha e a rainha chegou indignada!

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O rei e a rainha reuniaram todos os mólatas para uma conversa!

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A rainha dos mólatas começou a esbravejar com todos:

- Estou muito desapontada e triste com todos vocês que estão sendo injustos, e cruéis com nosso novos moradores, como podem achar que os novos mólatas não prestam somente porque são azuis?

Eles são mólatas marvilhosos!

Deviam se envergonhar do que estão fazendo, será que vocês não percebem que todos nós juntos mais os molatas azuis podemos formar a cor do arco-íris?

Você deviam se envergonhar de julgar as mólatas pela cor que elas tem!

Então...Mirabaruska disse:

-Já sei! Vamos pedir desculpas aos mólatas azuis e oferecer uma arca cheia de presentes pra eles!

Sim todos daquele reino se envergonharam de julgar os mólatas azuis pela cor e receberam então os novos amigos com uma grande festa!E nesta festa, ele formaram a cor do arco íris!

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Então...Os mólatas se reuniram e organizaram juntos uma grande festa, fizeram uma roda, brincaram de arco-íris, e viveram felizes à beça, chamando mólatas de todas as cores pra viver naquele reino encantado!

Esta histórinha foi sopa, quem quiser que conte outra!

FIM