domingo, 17 de junho de 2018

ABUSO INFANTIL (CRIANÇA NÃO FAZ SEXO, CRIANÇA NÃO NAMORA)



É urgente o resgate à infância!
Criança tem que brincar com brinquedos e brincadeiras de criança.
A infância, é uma fase, que vai do nascimento até a pré-adolescência, que se inicia aos 11 anos.
Neste período, é de extrema importância, o cuidado em todos os sentidos, mas  hoje, será abordado o cuidado com a sexualidade infantil.
A sexualidade existe e as crianças descobrem sensações em seus corpos e elas precisam de orientação quanto ao quesito social, elas são muito inocentes, e precisam saber que não podem manipular genitais em público, por exemplo, nem nos ambientes coletivos da casa.
O desenvolvimento do corpo deve ser tratado de forma natural e sem tabus, porém a criança tem sim que ser inocente, a ela não cabe malícia nem erotização.

As crianças não devem dormir no quarto dos pais, nem presenciar relações sexuais dos pais, não deve ficar sozinha com outras crianças sem vigilância.

Às vezes as crianças descobrem a sexualidade sozinhas.

Mas  não raro presenciam cenas eróticas em casa, na TV, pelo celular, se excitam e querem reproduzir o que viram, com outras crianças, engana-se quem pensa que a criança não tem capacidade de sentir orgasmo, ao tentar reproduzir o que viram da erotização de adultos, acabam descobrindo o auge do prazer e erotismo, adquirem malícia, e perdem a genuína infância, a infância em hipótese alguma deve ser erotizada.

Ao ficarem muito soltas, ao reproduzir o mundo dos adultos,  a química sexual que produz orgasmo, pra criança é altamente viciante, esta não tem discernimento  para controlar instintos, ela ainda está em desenvolvimento, podendo com a carga excessiva de hormônios sexuais entrar em puberdade precoce, e a puberdade precoce, produz hormônios em excesso, podendo gerar alguns tipos de cânceres na fase adulta.
A criança erotizada também desenvolve distúrbios psicológicos e sexuais, e o vício no sexo atrapalha também a aprendizagem escolar.

Não raro, as crianças são abordadas para brincadeiras de cunho sexual, por outras crianças, as que dormem no quarto dos pais se tornam maliciosas e conhecem todos os termos chulos que não deveriam conhecer, uma vez que viciadas em atos sexuais, podem abusar de outras crianças bem mais novas, e todas crianças envolvidas nestes atos,  sofrem e causam danos psicológicos muito prejudiciais.

As crianças também podem ser abusadas por crianças mais velhas, adolescentes e adultos, elas precisam saber o que é sexo como algo do mundo dos adultos, e precisam ser orientadas, a que ninguém nem criança ou adulto as toquem, nem  as beijem na boca, elas precisam saber que isto na infância é prejudicial, criança não faz sexo nem namora, fazer sexo e namorar faz parte do mundo dos adultos.

Os adultos precisam parar de incentivar namoro e erotização infantil.E perguntar se a criança tem namorado.
Elas precisam brincar de bola, esconde-esconde, brinquedos, corre-cotia, amarelinha, cobra-cega, e outras típicas da infância.

Quando uma criança pratica erotização com outra criança, não pode ser tachada de má, esta também é vítima, ou foi exposta a erotização constante ou foi abusada, e este comportamento se alastra, quando uma criança tem contato sexual com outra criança e se vicia neste prazer,   deve ser orientada, e dependendo do grau de erotização, deve fazer terapia, sexo na infância não faz bem e traz distúrbios sérios, que podem prejudicar seriamente as crianças, podem deixa-las o tempo todo pensando neste ato, sem conseguir sequer aprender na escola, elas manifestam a sexualidade exacerbada na escola também, se desinteressam por coisas que deveriam se interessar, ficam angustiada, tristes, e se sentem muito culpadas, passam a ter prisão de ventre e sonambulismo, sofrem e se sentem mal, acham que estão realizando algo muito errado, e não conseguem se abrir com ninguém, esta angústia pode gerar transtornos psicológicos fortes e surtos até... 

“ O menor violentado na sua sexualidade deixa de poder ser sujeito do seu próprio destino, da sua própria história sonhada, projetada ou construída. A história que lhe vão impor ultrapassa-o em velocidade e substância, deixa de ser “sua” para passar a ser aquela que não lhe ensinaram, para a qual não pediram sequer um assentimento seu que fosse. De si, apenas um murmúrio surdo, um grito abafado na calada do quarto dos fundos, no canto recôndito da garagem mal iluminada, um “não” ouvido nas paredes da sua alma que não tinha voz suficiente para soar. De si, apenas uma imagem de um corpo usado como vazadouro de néctares infelizes, numa toada de lamento e dor, tantas vezes silenciada em nome de um amor maior…” Paulo Guerra 



Para definir o que é abuso sexual, é necessário compreender o conceito definido pela lei, no art.171º do CP. O abuso sexual é o contacto sexual de uma criança com um adulto ou com uma criança mais velha, que tem, em regra, pelo menos uma diferença de cinco anos e uma diferença significativa no desenvolvimento cognitivo-afetivo. O, o abuso sexual de crianças traduz-se no “envolvimento do menor em práticas que visam a gratificação e satisfação do adulto ou jovem mais velho, numa posição de poder ou autoridade sobre aquele. Trata-se de práticas que o menor, dado o seu estádio de desenvolvimento, não consegue compreender e para as quais não está preparado, às quais é incapaz de dar o seu consentimento informado e que violam a lei, os tabus sociais e as normas familiares”35. Segundo Clara Sottomayor, o abuso sexual é um crime ”recente na ordem jurídica portuguesa, fenómeno que se explica pelo silêncio coletivo de sociedades patriarcais, que valorizam pouco as crianças e que encobrem o fenómeno, quer ao nível da população em geral, quer ao nível das elites políticas e culturais”36.

QUANDO UMA MENINA É ABUSADA POR UM MENINO MAIS VELHO OU ADULTO.

Quando uma menina é abusada, e este ato é descoberto,  em especial o machismo, tende a culpabilizar a menina e dizer a ela:
"Estou de olho em você, hein?" a menina é vítima, e muita gente atribui a ela nome de "assanhada" "fogosa" "não presta desde criança", gerando um conceito de que a vítima seja culáda pelo abuso que sofreu! 
As crianças que sofrem abusos de adultos também podem ficar viciadas neste ato, num misto de prazer, vergonha e culpa, em doses altas, visto que adultos fazem sexo oral nelas e carícias e outras coisas mais...
Então atenção redobrada, e muito cuidado, criança não namora, criança não faz sexo, diga não a erotização infantil!



Autora: Cleide Regina Scarmelotto
(Pedagoga, escritora e poeta)