sábado, 8 de setembro de 2007

COMO DEFINIR SE OS ENTIMENTOS SÃO SAUDAVEIS OU NÃO?











COMPARTILHANDO OS MEUS SENTIMENTOS DE PAIXÃO.

É SEMPRE preciso paixão, na vida. Mas me refiro , porém, da paixão como sinonimo de entusiasmo, de ardor, de gostar muito, de forte querer, afeição; sentimento que supera a apatia e vai longe. Admite até certa ousadia, mas procura manter-se dentro da lucidez, da razão, pára antes de atingir a obsessão, a alucinação.
Percebi que isenção não é desinteresse, falta de paixão. É a paixão dentro de seus limites. Convenci-me de que a paixão só pode ser assim considerada quando passível de ser domada, domesticada, mantida num limite que se possa controlar. Caso contrário vira obsessão, fanatismo, algo que turva os sentidos, afeta o raciocínio, priva da razão. Na minha concepção, a paixão a gente domina; a obsessão domina a gente. Paixão é a vontade sadia; obsessão, a vontade doentia. Não me vem à mente nada de bom que se possa considerar resultado de uma obsessão.

Às vezes a gente tem paixão por uma atividade, pelo trabalho, pela cidade, pelas pessoas em volta etc., mas não se apercebe disso. Está no inconsciente. Só mais tarde, quando há uma alteração substancial, é que vem à consciência o quanto tudo era bom. A dificuldade em divisar a paixão leva ao imponderado, ao irrefletido, ao insano. Garotas que têm obsessão pela estética acabam doentes, com anorexia, bulimia. Rapazes que usam anabolizantes estão numa esfera irracional, distante da paixão pelo corpo perfeito. Trabalhar com prazer, movido pelo desejo de fazer bem feito, é paixão. Colocar o trabalho acima da família, do lazer, da saúde, é obsessão. Fazer política por idealismo é paixão; mas é obsessão querer o poder a qualquer custo, como meio para o enriquecimento ilícito. A paixão pela ética deve preponderar sobre o desejo de vitória. O “ter” não pode dominar o “ser”. Comprar por impulso, sem necessidade, é obsessão. O objetivo do comer é a nutrição física e o limite é a fome saciada; passou disso é obsessão. O alimento para o espírito não vem servido em pratos. Há metas que não se atingem sem paixão. Como os ginastas conseguem tanta resistência e flexibilidade?
Como saber o limite da paixão? Reconhecendo que o desejo ou objeto desejado não é saudável, nem necessário, nem moral, nem tão valioso quanto aquilo que se deve sacrificar para obtê-lo. Dizer que os fins justificam os meios já é indício de que se está ultrapassando a órbita da paixão. Espancar a mulher amada por ciúmes não é paixão. Tratá-la como objeto também não. O torcedor de futebol que depreda o estádio ou as instalações do time para demonstrar insatisfação, o que tem ódio pelo torcedor rival, não agem movidos por paixão. Não raro, a maior demonstração de paixão é dizer “não”. Defender um ponto de vista é paixão. Dizer que quem discorda não entende nada é obsessão.

Descubra se você está passando do limite do amor saudável

A psicoterapeuta e pesquisadora do Ambulatório do Amor em Excesso da Faculdade de Medicina da USP, Eglacy Sophia, destaca algumas questões para um auto-avaliação e análise de uma espécie de "dosagem do amor", para saber se o sentimento está passando ou não do limite.

avalie a dosagem do amor com relação ao seu parceiro:
- Você costuma se sentir satisfeito com a quantidade de atenção e tempo que despende ao seu parceiro ou percebe que fez mais do que gostaria?

- Você acha que a quantidade de atenção que dirige ao seu parceiro está sob seu controle ou é comum tentar diminuir e não conseguir?

- Você mantém outros interesses e relacionamentos ou abandonou pessoas e funções em decorrência da sua vida amorosa?

- Você continua se desenvolvendo pessoal e profissionalmente após o início de seu relacionamento amoroso?

Se respondeu "não" à maioria das questões, é um sinal de alerta para o amor patológico. Nesse caso, existe a necessidade de realizar uma avaliação clínica mais aprofundada com um especialista.


Uma vez me apaixonei por alguém proibido e logo fui acusada de estar doente, lógico que é fácil para o objeto de desejo te acusar disto quando você não é nenhuma Ana Paula Arósio e não interessa a ele, mas nem de longe achava doentio meu sentimento porque eu nunca abandonei meus objetivos pra correr atrás dele.
Antes de julgar os sentimentos alheios estude o caso pra ver se esta pessoa está agindo de forma desajustada e desorientada mesmo e onde está sua contribuição pra que a pessoa tenha ficado assim, às vezes você dá uma porção de estímulos, diz coisas sedutoras e depois não assume seu papel diante da paixão alheia...e sai dizendo que a pessoa é doente, quem é doente? quem pode avaliar quem?

o que eu sentia por ele era:
sinônimo de entusiasmo, de ardor, de gostar muito, de forte querer, afeição; sentimento que supera a apatia e vai longe. Admitindo até certa ousadia, nunca pensei em ser dona nem me vingar das frustrações que recebi no lugar do afeto que eu dei!Nunca pensei nada de mal apenas só o bem e o prazer dele que quando vi que o maior prazer dele poderia ser meu distanciamento assim fiz e continuarei fazendo.

O amor patológico é uma doença que causa dependência como se fosse uma droga, só que nesse caso, a droga não é um produto químico ou álcool, é o parceiro ou parceira. De acordo com a psicóloga Sílvia Rezende Azevedo, o amor patológico atinge com mais freqüência as mulheres, mas os homens também podem sofrer desse mal.

Para saber se alguém tem amor doentio é só analisar o relacionamento. "Chega a um ponto que o amor fica obcecado e a pessoa deixa a sua vida para viver a do outro ou não permite que o parceiro tenha vida própria".

Segundo Sílvia, quando a pessoa deixa os amigos, o parceiro passa a ocupar mais espaço do que a família, o trabalho e outros afazeres, ou o medo da relação acabar é incontrolável e se começa a seguir e vigiar o outro, é certo que o amor deixou de ser algo saudável e se transformou num vício.

"Pesquisas mostram que as áreas do cérebro que são ativadas quando se está interessado por alguém são as mesmas da obsessão. É uma sensação química e quando o amor passa a ser doentio a pessoa tem crises se está longe ou sem o parceiro, tem sentimentos de culpa. É como se fosse uma droga que não se pode ficar sem", explica Sílvia.

A psicóloga afirma que é difícil perceber que o limite saudável de uma relação está sendo ultrapassado devido a uma questão cultural de que em um relacionamento amoroso, principalmente no início, é normal amar exageradamente, demonstrar que ama e fazer uma série de coisas pelo outro.

"É como o consumo de álcool que é uma droga aceitável e consumida socialmente. No começo você bebe e não percebe nada porque está dentro do normal, com o passar do tempo sua vida começa a girar em torno disso e você não percebe que está passando do limite", compara.

A pessoa doente se torna impulsiva e compulsiva devido ao vício. O amor se transforma em um sentimento destrutivo para o casal e que em alguns casos pode ocasionar tragédias como crimes e suicídios.

O amor patológico pode atingir, principalmente as mulheres com mais de 30 anos e que não têm um relacionamento estável. "As mulheres estão mais seletivas e depois de determinada idade, quando encontram um parceiro, ficam doentes por ele e são capazes de fazer tudo para não perder essa relação", diz Sílvia.

Esse amor doentio não fica restrito a relação homem-mulher. Pode atingir também pais, irmãos, filhos e amigos. "Algumas mães gostam tanto dos filhos que acabam com o relacionamento amoroso deles e alguns amigos têm ciúme doentio pelo outro", exemplifica.

Características do amor patológico
A psicoterapeuta e pesquisadora do Ambulatório do Amor em Excesso (Amore) da USP, Eglacy Sophia, destaca alguns sintomas dos 'doentes de amor':

- Sintomas de abstinência (como angústia, taquicardia e suor) na ausência ou no distanciamento (mesmo afetivo) do amado

- O indivíduo se preocupa excessivamente com o outro

- Atitudes para reduzir ou controlar o comportamento de cuidar do parceiro são mal-sucedidas

- É despendido muito tempo para controlar as atividades do parceiro

- Abandono de interesses e atividades antes valorizadas

- O quadro é mantido, apesar dos problemas pessoais e familiares

Serviço
O Ambulatório do Amor em Excesso da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) aceita voluntários para tratamento e pesquisa do amor patológico. As triagens são agendadas pelo telefone (11) 3069-7805, somente às quartas-feiras, das 10h às 17h. Os participantes passam por 16 sessões de psicoterapia e psicodrama em grupo.

EXTRAÍDO DO :
Redação
Terra




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