segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Volte para sua trigueira.

Volte para sua trigueira.
Balança mar em mim
Balança o coração assim
Amor e dor não rimam mais enfim.
Só pode ser
A rima de prazer.
Até se doer ...
Dói gostoso este sofrer.


Balança uma palmeira

Balança a roupa da trigueira.

Estendidas nas paineiras.
Balança a saudade.

Ainda balança a vontade.

Ainda tem coração.

Paçoca de um pilão.

Café torrado na hora.

Amor selvagem na aurora.


E ainda tem
O balanço do trem.
Que se vai bem além.

Levar o meu bem.

Pra bem longe de mim.
Fazendo dor assim.
Das saudades gostosa.

Ainda tem um feijão.

Esperando pelo meu bem querer.



Ainda tem um coração.

Que balança sem querer.

Ainda tem a paixão.

Que balança todo este ser.

Volte trem que ainda tem
Uma trigueira desejando você.

E volta amigo amante.
Desiste deste mundo errante.

Não és mais principiante.

Ainda tem fogueira.

Ainda tem festança.

Meu olhar de criança.
..
A esperar teu corpo que no meu balança.

Nenhum comentário: